A palavra Botucatu vem do tupi-guarani (ybytu-katu) e significa “bons ares”, provavelmente devido à boa corrente de ar vinda da cuesta de Botucatu, que, na realidade, é uma elevação acentuada com paisagens maravilhosas.
Entre as belas paisagens da cidade está o conjunto rochoso conhecido como Três Pedras. Muitos citam fatos inusitados e misteriosos sobre a região, de manifestações de ovnis a inúmeras lendas, como a do culto negro da serpente. Um dos maiores divulgadores das histórias misteriosas de Botucatu foi um historiador e conhecedor da língua suméria, Frei Fidélis da Mota (Frei Fidelis Maria di Primiero, nascido em Trento, Itália, e também conhecido como Frei Fidelis Mott), sacerdote capuchinho que, em 1952, se transferiu para Botucatu. Ele realizou muitos estudos na região, abordando os chamados “cultos negros” da antiga Suméria.
Para Fidélis, a palavra Botucatu tinha outro significado; em sumério, se dividia como bot uk at u, querendo dizer “templo da serpente no meio das pedras”, ou “fortaleza da serpente no meio das pedras”, e seriam exatamente as Três Pedras.
Em Botucatu, com uma extensão de mais de 600 metros, encontramos as Três Pedras, verdadeiros testemunhos geológicos das transformações no imenso deserto que existia na região da atual cuesta.
A primeira pedra tem cerca de 40 metros de altura. Em seguida, chega-se à pedra do meio, com cerca de 50 metros de altura e seus 200 metros de comprimento. Ao lado, encontra-se a terceira pedra, a menor delas, com cerca de 30 metros de altura e 80 metros de extensão.
A Pedra do Meio está relacionada a inúmeros relatos de avistamentos de ovnis, principalmente à noite, quando estranhas formações luminosas já foram observadas pelos moradores locais; algumas testemunhas disseram que viram “bolas” de luz dançando no céu. Também existem relatos da formação de grandes fachos de luz que cortavam o céu, a partir dessas rochas, durante vários minutos.
Isso dá uma ideia da riqueza de histórias em torno das Três Pedras, que, na verdade, fazem parte de uma formação ainda maior, o Gigante Deitado. As Três Pedras formam os pés do “gigante”, que pode ser observado por quem passa pela rodovia Marechal Rondon em direção a Bofete. Diz-se ainda que um tesouro dos jesuítas, do século XVIII, foi enterrado na região; fala-se que eles abriram uma vala enorme para jogar o ouro em barras e, para garantir o sigilo sobre o local exato, mataram os escravos, enterrando-os junto com o ouro.
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Texto: Davison Alvares