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A casa de todo mundo: amigos do Dito

As luzes da inspiração que um dia chegaram a João Nogueira e Paulo César Pinheiro, vez em quando também abrasam outras criações, e talvez tenha sido assim, quando um grupo decidiu se organizar para idealizar um projeto de resgate e preservação da cultura do samba.

Nascida em novembro de 2008 na cidade de Limeira, a Comunidade Amigos do Dito foi o resultado de uma bebida bem curtida nos alambiques da amizade. No melhor estilo, boca a boca, o gosto comum pelo gênero reuniu pessoas não só preocupadas em alastrar o estandarte dos compassos binários, mas também direcioná-lo a fins sociais.

Deste modo, o “Dito” é uma alusão ao santo benemérito das obras sociais, São Benedito. Os fundadores esclarecem que nem por isso têm algum cunho religioso.

As viagens do grupo ao Rio de Janeiro, botavam cada vez mais lenha da fogueira, que aquecia o chá de boldo pra curar as ressacas e o desejo de possuir um local próprio para os encontros.

O desejo foi saciado: um barracão de telhas de zinco cobriu o sonho de ter finalmente uma “Casa de Todo Mundo”, como os próprios Amigos do Dito definem o espaço. Além dos encontros musicais, o grupo fomenta discussões sociais, oficinas de dança e é claro novos laços de amizade.

E como na casa do Martinho da Vila, ali todo mundo canta e dança, nomes como Monarco da Portela, Marquinho Diniz, Adilson Bispo, Mauro Diniz, Wanderley Monteiro, Nelson Rufino, Ilcéi Miriam e T. Kaçula estiveram na casa provando o feijão bem temperado dos Amigos do Dito.

Pra entrar no clima e engrossar o refrão, fica a deixa para o samba do compositor da Comunidade Amigos do Dito, Sérgio Ricardo Bertagnoli, “Amizade a toda hora”.

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Texto e foto: André Romani

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