Olímpia é cidade do país conhecida como a capital do folclore. Isso se deve ao fato de que, desde a década de 60, acontece por lá o Festival do Folclore, fruto das pesquisas do Prof. José Sant’anna. Em sua fase inicial, a partir do ano de 1965, o evento privilegiava as manifestações folclóricas locais e regionais, mas, ao longo de seus 49 anos, passou a abarcar culturas nacionais, já em 1969 (quando recebeu, por decreto, o titulo de capital estadual do folclore), e, posteriormente, de todo o mundo, já em sua versão internacional, mediada, principalmente, pela atuação do GODAP – Grupo Olimpiense de Danças Parafolclóricas Cidade Menina Moça, com 47 anos de existência.
Hoje, a cidade conta com 17 grupos folclóricos e 4 parafolclóricos que atuam para preservar a tradição da cultura popular em todos os seus aspectos: lendas e contos, danças e músicas, culinária e artesanato, bem como brincadeiras e jogos populares, a temática do folclore é discutida em ciclos de palestras e fóruns de debate, além das apresentações artísticas em si.
Uma curiosidade, que até pode ser considerada uma lenda do festival, diz respeito ao seu fundador: durante uma das edições, posterior ao falecimento do Prof. José Sant’anna, um participante da festa, perdido na “Praça de atividades folclóricas”, encontra um senhor, humilde e gentil, que, de forma muito solícita, indica-lhe o caminho. Ao chegar na administração do local desejado, perguntam-lhe como havia conseguido a indicação do trajeto; o participante, então, aponta para um quadro na parede, do professor Sant’anna, e responde:
─ Olha ele aí! Foi este senhor quem me deu a informação; e, diga-se de passagem, é um senhor muito simpático e gentil!
Todos ficaram impressionados, pois o Professor Sant’anna já havia falecido… Essa e outras histórias envolvendo o fundador do festival são contadas até os dias de hoje, quando a maior e mais tradicional festa da cultura popular no Brasil comemora 50 anos, sempre reunindo um número expressivo de companhias folclóricas e parafolclóricas de todo o território nacional.
E você, por que não entra na dança e cai na roda da cultura popular, prestigiando o festival do folclore? Quem sabe não consegue, inclusive, conversar com o professor?
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Texto: Pyter Santos | Foto: Divulgação