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Se minha Romi-Isseta falasse…

Um italiano com tempero brasileiro. Esse era o simpático carro chamado por aqui de Romi-Isseta. Com desenho originário da Itália, chegou ao nosso país por meio do ex prefeito, comendador e cidadão barbarense, Américo Emílio Romi.

Se o primeiro carro produzido no Brasil falasse – isso mesmo, o primeiro automóvel feito em terras tupiniquins surgiu em Santa Barbara D´Oeste – teria muita história para contar, apesar do seu pouco tempo de “vida”. Foi fabricado entre 1956 e 1961.

O simpático italo-brasileiro fez parte de um momento importante para o crescimento do município berço da indústria automobilística e do nosso país. Viu a cidade que lhe acolheu crescer com o surgimento da Fundação Romi, existente até hoje e que tem como missão promover o desenvolvimento social por meio da educação e cultura. Assistiu de camarote o país viver um momento de euforia com a posse do seu 21° presidente, Juscelino Kubitschek e a promessa de evolução nacional. “50 anos em 5“! Imagina quantas coisas não mudariam.

A Romi-Isseta logo caiu no gosto popular, virou protagonista de comerciais, conheceu o presidente, estrelas de cinema, desfiles foram organizados em sua homenagem – parou a capital de São Paulo – e se tornou até personagem de um filme (“Absolutamente Certo”, de Anselmo Duarte). Pois é…antes mesmo de um certo fusquinha metido a esperto de Hollywood.

Mas se engana quem pensa que os tempos de glamour acabaram com o fim da sua produção em 1961. Hoje ele é tratado com uma relíquia por colecionadores e é tido como um modelo para as novas gerações por seu design compacto.

De Santa Barbara D´Oeste para o Brasil. Ah se a Romi-Isseta falasse…

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Texto e foto: Danilo Lima da Silva