Logo ali à 70 km de São Paulo, pertinho de Mogi das Cruzes, o município de Biritiba Mirim com seus 30 mil habitantes e um ar bem interiorano, também tem suas lendas e seus mistérios.
O a cidade se configurou pelo caminho de tropeiros que ali passavam em busca de feiras de gado para adquirir produtos alimentícios e de higiene. Segundo a tradição, estes viajantes tinham o hábito de fincarem cruzes na terra ao longo dos caminhos para orientar os próximos viajantes e demarcar os espaços por onde haviam passado.
Foi daí que surgiu a estrada de Santa Catarina, que margeia o Rio Tietê, sendo este o primeiro povoado da região. Foi em um local repleto de cruzes que se construiu a primeira capela de Biritiba Mirim. Dedicado a São Benedito, a lugar se tornou um centro de devoção. Mais tarde esta modesta capela tornou-se a Igreja Matriz de Biritiba.
Segundo a lenda muito conhecida entre os biritibanos, foi uma menina de 10 anos, de nome Firmina, quem motivou a construção da capela em meio as cruzes da estrada. Acreditava-se que ela era conhecida por ter dons especiais, capazes de curar e ajudar as pessoas através da fé. Há quem diga que ela tinha o dom da profecia e multiplicação de alimentos.
Em decorrência de seu dom, muitos vinham para vê-la e o dia a dia do sítio foi ficando cada vez mais cheio de gente, reza e comoção. A população começou a achar que era preciso construir uma capela para receber os fiéis. Sr. Benedito Antônio do Espírito Santo, apelidado de Benedito Pedro, doou terras para a construção da capela que deu origem à cidade e à igreja Matriz São Benedito de Biritiba Mirim. A menina Firmina continuou fazendo seus milagres e atendendo o povo da região, mas aos 25 anos, ela faleceu de uma doença misteriosa.