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O Reino dos Animais Encantados e o Macaco Tingo

“Menino, já são 8 horas da noite, isso não é hora de criança estar acordada!”
– “Mamãe, como nasceu o Tingo?”
– “Deite na sua cama que vou lhe contar.”

Várias luas atrás, a dois dias de cavalgada da onde mora o Sol, existia um reino diferente e cheio de magia.
Seus habitantes eram todos simpáticos e recebiam com alegria seus visitantes. E foi lá onde nasceram um bichos muito especiais.

Entre eles, o macaco mais levado de todos! Vivia de um canto para o outro, cantando, dançando e fazendo arte. Adorava pregar peças, principalmente nas crianças.

Não podia ver uma comendo aldodão-doce, que já ia surrupiar um pedaço da guloseima.
Mas se engana quem pensa que ele era mal. Pelo contrário! Assim como todos os animais do local, assim que apagavam a luz do horizonte e a bola dourada surgia no céu, protegia à todos dos sonhos ruins.

– “Todo mundo mamãe?”
– “Sim, todo mundo! Crianças e crianças adultas. Mas deixa eu terminar a história.”

O que o macaco não contava, é que iria encontrar no seu caminho um garotinho que o que tinha de medroso, tinha de esperto.

Percebendo que o bicho diferentão adorava pegar quitutes açucarados, colocou alguns algodões-doce no seu quarto e logo que o Sol voltou para sua morada, deixou a janela aberta.

Muito guloso, o serelepe animal caiu na armadilha e se empanturrou a noite inteira. Comeu tanto, mas tanto, que nem conseguia se mexer.

O garoto, com um olho aberto e o outro fechado, só pensava: Meu plano deu certo! Agora ele vai ficar aqui para sempre.

Mal sabia, que o macaco estava fingindo. Afinal, quem não gosta de comida fácil? E que toda vez que o pequeno se comportava mal ou deixava ele sem guloseimas, o bicho dava suas passeadas por outros reinos e quartos.

Experimentou diversas iguarias. Como a Pipoca de macarrão, Sorvete de Capim-Santo e o seu preferido, Brigadeiro de Banana.

E o pior vocês não sabem, ele espalhou a ideia para todos os outros bichos!

Por isso que hoje em dia, encontramos tucanos, sapos, baleias, leões, elefantes e até unicórnios nos quartos. Todos bem recheadinhos de nuvens açúcaradas e protegendo crianças de 0 a 300 anos.

– “Ah! Por isso que eu não achava o Tingo outro dia?”
– “Viu só? Melhor fazer sempre as suas tarefas. Agora dê um beijo no Tingo e vá dormir Taba!”.

Texto: Danilo Lima

Ilustrações: Daniela Martins

SPOILER: danado que só ele, Tingo se infiltrou nos carros que levam os artistas para as cidades em que acontece o Circuito. Em breve você acompanha as aventuras e descobertas do nosso novo amigo por aqui!

Conheça a outra versão da história do Tingo aqui.

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