A cultura mexicana se relaciona com a morte de um modo diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil. No dia 2 de Novembro (dia de finados no Brasil) por lá é celebrado o Dia de los Muertos. Eles acreditam que nessa data os falecidos recebem permissão para voltar e visitar os parentes e amigos. É um modo muito bonito de encarar esse momento, com muitas flores, alimentos que os falecidos gostavam e uma grande festa, numa celebração à vida e à memória daqueles que partiram.
A gente chega nesse mundo sem saber como e crescemos tentando imaginar pra onde iremos, mas a única certeza que temos é a de que um dia não estaremos aqui nesse plano e é na morte que aprendemos o que é importante na vida. No fim das contas a nossa existência se tornará somente uma lembrança no pensamento daqueles que compartilharam momentos importantes conosco.
E foi através da música, um importante veículo que aciona as memórias, e uma grande festa, que a Cumbia Calavera encheu as praças de alegria no Circuito Sesc de Artes 2019.
“E se for pra morrer…Viva!”
A Calavera tá no parque
Neste ano, a cidade de Embu das Artes recebeu o Circuito em um local inédito, a Praça da Paz. Logo que chegamos percebi que bem ao lado tinha um parque de diversões. Fazia tempo que não via um parque desses… A última vez foi numa cidade do interior.
Circuito rolando, estava caminhando tranquilamente e de repente escuto um som vindo do parque. Não era o estilo de música que eles estavam tocando por ali quando cheguei. Olho pro lado e lá está toda a Cumbia Calavera, já caracterizados, andando nos carrinhos de bate-bate, e tocando! A alegria desse momento você vê no vídeo:
Texto e Vídeos: Ronaldo Domingues